Carolina Coelho Fortes
Professora adjunta do Departamento de História e do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal Fluminense. Tem doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense e mestrado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realizou pós-doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (2015) e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2019).
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Linhas de pesquisa:
História e representações
Universo letrado e intelectualidade
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​Temas de interesse:
Idade Média Central, Ordem dos Pregadores, Ordens Mendicantes, literatura hagiográfica, História das Imagens na Idade Média, História das Emoções na Idade Média, questões de gênero e identidade na Idade Média
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Publicações:
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Livros:
Artigos
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FORTES, Carolina. “A muito amada irmã Diana de Santa Inês de Bolonha": a amizade entre homem e mulher no século XIII a partir de uma perspectiva de gênero”. CARLONI, Karla. ____. (orgs). Mulheres tecendo o tempo: experiências e experimentos femininos no medievo e na contemporaneidade. Curitiba: CRV, 2020.
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FORTES, CAROLINA COELHO. Estudos de Gênero, História e a Idade Média: relações e possibilidades. SIGNUM - REVISTA DA ABREM, v. 20, p. 7-21, 2020.
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FORTES, CAROLINA COELHO. A Legislação da Ordem dos Pregadores no século XIII: uma aproximação a partir dos estudos de gênero. SIGNUM - REVISTA DA ABREM, v. 20, p. 57-70, 2019.
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​FORTES, CAROLINA COELHO. Entre Paris e Bolonha: a inserção dos frades pregadores na vida universitária do século XIII. REVISTA DE HISTÓRIA COMPARADA (UFRJ), v. 12, p. 86-120, 2018.
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​FORTES, CAROLINA COELHO; FRAZÃO DA SILVA, ANDREIA CRISTINA LOPES . A vida religiosa feminina e as relação de poder na Ordem dos Pregadores: reflexões a partir dos epistolário de Jordão da Saxônia. HORIZONTE: REVISTA DE ESTUDOS DE TEOLOGIA E CIÊNCIAS DA RELIGIÃO (ONLINE), v. 15, p. 1220-1252, 2017.
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​FORTES, C. C.. - Que ninguém estude Artes ou qualquer doutrina gentílica...-: a censura como instrumento de construção da identidade dominicana no século XIII - doi: 10.4025/actascieduc.v36i1.21978. Acta Scientiarum. Education (Online), v. 36, p. 29, 2014.
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FORTES, C. C.. O Pós-modernismo, Lyotard e a História: a Condição Pós Moderna e uma tentativa de aproximação ao fazer historiográfico. Fenix: revista de historia e estudos culturais, v. 11, p. 1-20, 2014.
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FORTES, C. C.. O Convento Saint Jacques e suas relações com a Universidade de Paris: considerações sobre a construção da identidade dominicana na primeira metade do século XIII. Notandum (USP), v. 32, p. 51-66, 2013.
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FORTES, C. C.. Os estudos como identidade entre a Ordem dos Pregadores no século XIII: a organização do sistema educacional à luz de alguns documentos jurídicos. Anos 90 (Online) (Porto Alegre), v. 20, p. 219-247, 2013.
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FORTES, C. C.. O Conceito de Identidade: considerações sobre sua definição e aplicação ao estudo da História Medieval. Revista Mundo Antigo, v. 2, p. 29-46, 2013.
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FORTES, C. C.. O ratio studiorum da Ordem dos Pregadores no século XIII:considerações sobre a relação entre identidade e educação. Acta Scientiarum. Education (Online), v. 33, p. 77-87, 2011.
Capítulos
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FORTES, CAROLINA COELHO. Domingos de Gusmão. In: NASCIMENTO, Renata; SOUZA, Guilherme. (Org.). Dicionário: cem fragmentos biográficos. A idade média em trajetórias. 1ed.Goiânia: Tempestiva, 2020, v. 1, p. 343-348.
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FRAZÃO DA SILVA, ANDREIA CRISTINA LOPES ; FORTES, CAROLINA COELHO . Educação e Religião no Medievo. In: Johnni Langer. (Org.). Dicionário de História das Religiões na Antiguidade e Medievo. 1ed.Petrópolis: Vozes, 2020, v. 1, p. 178-181.
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FORTES, C. C.. As Acta Capitulorum Generalium Ordinis Praeddicatorum: considerações iniciais sobre uma tradução. In: Igor Salomão Teixeira; Carolina Gual da Silva; Eliane Veríssimo. (Org.). A Construção de Jurisdições Eclesiásticas: dízimos, ordens religiosas e territórios no direito canônico medieval (séculos XII-XIII). 1ed.Porto Alegre: CirKula, 2019, v. , p. 39-53.
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FORTES, C. C.. A pesquisa em história medieval no Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal Fluminense (1993-2017). In: Clinio Amaral; João Lisbôa. (Org.). A Historiografia Medieval no Brasil: de 1990 a 2017. 1ed.Curitiba: Prismas, 2019, v. , p. 309-339.
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FORTES, C. C.. A Legenda Aurea: datação, edições, destinatários e modelo de santidade. In: TEIXEIRA, Igor. (Org.). História e Historiografia sobre a Hagiografia Medieval. 1ed.São Leopoldo: Oikos, 2014, v. , p. 30-46.
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FORTES, C. C.. As questões de gênero em uma crônica dominicana do século XIII: o Libellus de Principiis Ordinis Praedicatorum e os modelos de feminino e masculino. In: Igor Salomão Teixeira; Cybele Crossetti de Almeida. (Org.). Reflexões sobre o Medievo III: práticas e saberes no Ocidente Medieval. 1ed.Porto Alegre: Oikos, 2013, v. 1, p. 127-132.
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FORTES, C. C.. A Querela contra os mendicantes e os estudos na Ordem dos Pregadores (1250-1260). In: MATTOS, Carlinda; CRUXEN, Edison; TEIXEIRA, Igor. (Org.). Reflexões sobre o Medievo II: práticas e saberes do Ocidente Medieval. 1ed.Porto Alegre: Oikos, 2012, v. , p. 131-142.
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FORTES, C. C.. O corpo na literatura hagiográfica dominicana: da Legenda Aurea à Ystoria Sancti Thome de Aquino. In: TEIXEIRA, Igor & PEREIRA, Nilton. (Org.). Reflexões sobre o Medievo. São Leopoldo: Oikos, 2009, v. , p. 205-224.
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FORTES, C. C.. Gênero e Identidade: Madalena e a Institucionalização da Ordem Dominicana. In: ZIERER, Adriana; VIERA, Ana Livia. (Org.). História Antiga e Medieval: rupturas, transformações e permanências. São Luis: Editora UEMA, 2009, v. 2, p. 113-127.
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FORTES, C. C.. Santidade e Gênero: Vauchez e o modelo masculino. In: SILVA, Andréia Cristina L. Frazão. (Org.). Hagiografia e História. Rio de Janeiro: , 2008, v. , p. 81-90.
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FORTES, C. C.. As Mártires na Legenda Aurea: a reivenção de um tema antigo em um texto medieval. In: Fábio Lessa; Regina Bustamante. (Org.). Memória e Festa. Rio de Janeiro: Mauad, 2005, v. , p. -.
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Projetos em andamento:
2014 - Atual
Poder e Igreja na Idade Média Central: pesquisa e ensino em História Medieval
Descrição: Pretendemos, com este projeto, refletir sobre as inter-relações entre as instituições eclesiásticas, suas táticas e estratégicas de relações de poder, vigentes entre os séculos XI e XIII. Visamos compreender as diferentes manifestações culturais do Ocidente Medieval, entre os séculos XI e XIII, com ênfase naquelas que tomam lugar dentro das instituições eclesiásticas e possam ser analisadas a partir da ótica das relações de poder. Tendo em vista a carência no mercado editorial brasileiro de materiais tanto sobre História Medieval quanto sobre o ensino escolar deste período, entendemos que os futuros resultados das pesquisas vinculadas a ele contribuirão para o alargamento do campo no país, tendo o curso de História da UFF-PUCG como ponto de partida, especialmente, para a reflexão sobre o ensino de História Medieval. Acreditamos que o problema central a ser abordado nas pesquisas que se vinculam a esse projeto é a compreensão das formas pelas quais, na sociedade medieval, a construção de instituições eclesiásticas se constituiu com base em relações de poder recíprocas e negociadas. Pretendemos demonstrar que a noção bastante difundida de uma Igreja coesa, homogênea e a problemática é uma simplificação nociva ao entendimento da sociedade medieval. Consequentemente, tal noção é prejudicial à compreensão das sociedades que a seguiram no tempo e espaço.
2013 - Atual
A Construção da Identidade da Ordem Dominicana no Século XIII
Descrição: O século XIII foi um período marcado por vários movimentos religiosos. Já no século anterior começavam a se multiplicar e fortalecer as seitas heréticas que incomodariam os planos homogeneizadores da Igreja. Como reação a esse fenômeno, o século XIII vê nascer as ordens mendicantes, que tinham como um de seus principais objetivos expor aos fiéis a fé cristã, tentando, desta forma, erradicar as interpretações heterodoxas do cristianismo. É assim que a Ordem dos Pregadores, fundada por Domingos de Gusmão no início daquele século, toma lugar importante na vida da Igreja e da sociedade medieval. O relato tradicionalmente estabelecido pela historiografia sobre o surgimento e primeiro século da Ordem Dominicana, que a coloca no centro de um movimento caracterizado pela ?renovação? da Igreja, tendo em seu mestre um guia incontestável, no entanto, pode ser questionado. Principalmente porque ele se constitui com base em documentos posteriores a sua morte, que objetivavam a construção da memória como base para a identificação dos pregadores como comunidade eclesiástica institucionalizada. Em outras palavras, não há qualquer segurança na ideia de que a Ordem dos Pregadores tenha surgido de um projeto consciente e já, desde o início, preconcebido por Domingos. É sobre essa ideia que se fundamenta esta pesquisa. A Ordem Dominicana surge de um processo de adaptação às realidades que lhe surgem ao longo do processo de construção da identidade institucional da Ordem. Desta forma, pretendemos ler a história do primeiro século da Ordem dos Frades Pregadores, com base principalmente em documentos produzidos por eles, sob a ótica do devir histórico problemático e suscetível a transformações. Para tanto, privilegiaremos a análise de alguns elementos identitários que consideramos de maior relevância. São eles: o estudo, as relações com a Cúria Papal, a forma de governo, e as relações de gênero concretizadas na organização da sua Ordem Segunda.
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CARLONI, Karla. FORTES, Carolina. (orgs). Mulheres tecendo o tempo: experiências e experimentos femininos no medievo e na contemporaneidade. Curitiba: CRV, 2020